Entre brilho e o fosco de um dia diferente
Entre brilho e o fosco de um dia diferente
O dia nasceu cinza fosco
Ergui-me sem vontade
E na realidade
Sentia-me pouco feliz e fresco
Abri a luz e cerrei os olhos
Cansado de uma noite mal dormida
Pensei, quem desta vida me ajuda a dar uma fugida
Que de novos e jovens nos tornamos demasiado cedo velhos
Lavei-me com olhos entreabertos
Estranho-me a olhar o espelho
Serei eu que ali vejo, Que a natureza me ajude a desvendar o que mais deseja
Que me torne seu instrumento e que de mim faça o seu desejo
Que pinte sorrisos nos que me rodeiam e que apague dor e mágoa sobeja
À sua disposição me entrego, usa-me como quiseres, eu ouço, falo e vejo
Mostrei-te partes de mim que de uma mão de gente apenas conhece
Um tesouro de devaneios e calhaus da calçada
Nada vale, e tua atenção e tempo não merece
sei já que de tua mente sua memoria será apagada
Desconheço tuas pegadas,
Sei apenas porque montes caminhaste
Sem mim tudo que tens alcançaste
No Presente espero ouvir ao menos gargalhadas
Nesta vida, peço tudo a que tenho direito
De um coração ardente, desnorteado a um palpitar vivo e acelerado
Algo que bata forte fortemente em meu peito
Muito que pedir, desta folha de outono?
Que a um rebento pede para o alimentar
Não me deixes caído no chão ao abandono
Dá-me vida e comida. Dá-me ar.
Vivo ao sabor da aragem
Atirado contra paredes e lamaçais,
a ser pisado por gentes e animais
que felicidade verdadeira não me fuja antes da minha ultima paragem.
O dia terminou com brilho
Do cinza limpou-se-me a dúvida
E no ar já só sinto vida
Será que é a isto se chama “do universo ser seu filho”?
Henrique Narciso
13-08-2012 18:38
O dia nasceu cinza fosco
Ergui-me sem vontade
E na realidade
Sentia-me pouco feliz e fresco
Abri a luz e cerrei os olhos
Cansado de uma noite mal dormida
Pensei, quem desta vida me ajuda a dar uma fugida
Que de novos e jovens nos tornamos demasiado cedo velhos
Lavei-me com olhos entreabertos
Estranho-me a olhar o espelho
Serei eu que ali vejo, Que a natureza me ajude a desvendar o que mais deseja
Que me torne seu instrumento e que de mim faça o seu desejo
Que pinte sorrisos nos que me rodeiam e que apague dor e mágoa sobeja
À sua disposição me entrego, usa-me como quiseres, eu ouço, falo e vejo
Mostrei-te partes de mim que de uma mão de gente apenas conhece
Um tesouro de devaneios e calhaus da calçada
Nada vale, e tua atenção e tempo não merece
sei já que de tua mente sua memoria será apagada
Desconheço tuas pegadas,
Sei apenas porque montes caminhaste
Sem mim tudo que tens alcançaste
No Presente espero ouvir ao menos gargalhadas
Nesta vida, peço tudo a que tenho direito
De um coração ardente, desnorteado a um palpitar vivo e acelerado
Algo que bata forte fortemente em meu peito
Muito que pedir, desta folha de outono?
Que a um rebento pede para o alimentar
Não me deixes caído no chão ao abandono
Dá-me vida e comida. Dá-me ar.
Vivo ao sabor da aragem
Atirado contra paredes e lamaçais,
a ser pisado por gentes e animais
que felicidade verdadeira não me fuja antes da minha ultima paragem.
O dia terminou com brilho
Do cinza limpou-se-me a dúvida
E no ar já só sinto vida
Será que é a isto se chama “do universo ser seu filho”?
Henrique Narciso
13-08-2012 18:38
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